Introdução

Olá, pessoal!

O destaque desta semana é o lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que projeta variações na oferta, demanda, importação e exportação de derivados de petróleo, biocombustíveis e GLP para os próximos 10 anos.

Além disso, o Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras confirma o interesse da estatal em retornar à produção de etanol por meio de parcerias com grandes produtores.

Boa leitura!

Terminais

Frota

Oferta e Demanda



Opinião

É essencial avaliar as premissas do estudo sob duas perspectivas: o crescimento da oferta, com a construção ou ampliação de refinarias, e a expansão da demanda, considerando projeções como o crescimento do PIB de 2,8% ao ano entre 2024 e 2034 no cenário de referência.

A expansão do refino local, embora exija altos investimentos, está fortemente vinculada à visão política da administração federal. A gestão atual anunciou planos de expansão na Rnest e no antigo Comperj, mas esses projetos podem ser interrompidos com mudanças no governo ou da capacidade de investimento da Petrobras.

Por outro lado, a história recente do Brasil indica que alcançar um crescimento médio do PIB de 2,8% ao ano é um objetivo desafiador.

Mesmo com o aumento da mistura de biodiesel ao diesel nos próximos cinco anos, o Brasil deve continuar sendo um importador relevante de diesel. Esse cenário apresenta um impacto neutro a positivo para terminais de armazenagem portuária e transportadores rodoviários.

No caso da gasolina, o panorama para terminais portuários é menos favorável, com expectativa de manutenção ou redução nos volumes importados.

Para os transportadores rodoviários e ferroviários, o cenário é misto. De um lado, a eletrificação da frota de veículos leves tende a reduzir a demanda por transporte de gasolina e etanol no longo prazo. Por outro lado, o aumento nas misturas de biodiesel e etanol, além da expansão significativa da produção de etanol de milho — que demanda transporte por maiores distâncias até as bases distribuidoras — deve elevar a necessidade de serviços de transporte.

Operadores de terminais de armazenagem podem aproveitar esse contexto diversificando suas operações, investindo em ativos de transbordo ferroviário ou hidroviário no interior.


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